sexta-feira, 1 de maio de 2009

Fronteiras da Inteligência (Nilton Bonder)

"Conta-se que certa vez um rabino admirava um equilibrista circense. O rabino perguntou aos discípulos: 'Vocês sabem como ele consegue?'

Regra número um: em nenhum momento desviar sua atenção para o chapéu no qual lhe depositam dinheiro em reconhecimento. Se perder a concentração, no que está fazendo, cai imediatamente.

Regra número dois: não prestar atenção no próximo passo, mas mirar em direção ao mastro no final da corda. O objetivo é que permite o equilíbrio e oferece estabilidade para o próximo passo. Mas qual é o momento mais difícil e mais importante de sua tarefa?

Os discípulos se entreolharam confusos.

Ele respondeu: 'É o momento em que chega ao final da corda e tem que dar meia-volta. Nesse momento, ele fica sem o mastro como referência. Aí, ele depende de um centro que ficou interiorizado nele.'

Nesse quase 'manual' de procedimentos, vemos lições importantes. Não buscar apenas a recompensa imediata, pois desequilibra. Não deixar de ter um objetivo para mirar, sob o risco de perder o equilíbrio. Porém, mais importante que qualquer coisa é adquirir a possibilidade da confiança, de internalizar a referência externa, para perseverar quando ela não estiver disponível"

Um comentário:

Unknown disse...

Amo pessoas inteligentes...
a fé na minha opinião, nada mais é que inteligência...em buscar algo maior, infinitamente maior, certos de que somos limitados em servir...