"E trouxe Caim, do fruto da terra, uma oferta ao Eterno. E Abel trouxe também ele, das ovelhas, uma oferta. E voltou-se Deus para a oferta de Abel e para a oferta de Caim não se voltou" (Gen. 4:3-5.
"A tradição chassídica interpreta este versículo enfatizando que aquilo que Abel trouxe em sacrifício foi o "ele". Ele trouxe a si mesmo. Apenas quando uma pessoa traz a si mesma é que seu sacrifício é aceito.
Caim inveja Abel porque ele se traz inteiro. Todo o conteúdo de sua psique e de seu self se fazem presentes nas situações de vida. Deus aceita sua oferenda de vida porque ela é inteira."
"Certa vez, na Bahia, uma das sociedades menos críticas e rígidas do planeta (com um pé no Paraíso), me peguei surpreso com a diversidade de quinquilharias de uma loja e comentei com a vendedora: 'Aqui na Bahia tudo dá!'
Ela então respondeu sensualmente: 'Na Bahia tudo dá e deixa!'
Dar é a aceitação de nossa 'nudez'; deixar é a aceitação de nossa vulnerabilidade."
(Nilton Bonder, Código Penal Celeste).
- Dar é a coragem de ser inteiro em cada momento, de estar presente em cada circunstância e encontro da vida.
- Deixar é abrir mão do controle.
Deixar é permitir à vida fazer o seu curso.
"Antes da iluminação, corte madeira e carregue água.
Após a iluminação, corte madeira e carregue água". (Provérbio zen)
O segredo da vida (os olhos da alma) é descobrir que o bom é cortar madeira e carregar água.
A iluminação é linda, mas não se pode viver em busca dela. O importante é saber ser feliz com o que se faz cada dia (o trabalho de cada dia, por menor que seja). Porque a iluminação é solitária, individual. Mas transforma-se o mundo, aperfeiçoa-se o mundo, cortando madeira e carregando água...
sexta-feira, 1 de maio de 2009
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